Muito fácil de explicar, sem justificar, as diferentes versões do jogador. Inicialmente,
numa entrevista num canal de televisão e depoimento a polícia, disse que não conhecia a
jovem e negou a acusação de violência sexual.
A jovem esposa publicou em rede social foto deles de mãos entrelaçadas, dando apoio
ao marido e, nas entrelinhas, acreditando ter falado a verdade!
O jogador é (era) casado com a modelo espanhola há 5 anos, cuja sogra faleceu na
primeira quinzena de janeiro. Enquanto se divertia sozinho com amigos no final do ano, estaria
a esposa cuidando da mãe dela, sua sogra, que veio a falecer em seguida de câncer.
Comportamento imoral, não é crime.
Antigamente, fazia parte da cultura machista, se dizia: nunca confirme a sua esposa que
você a traiu! Negue sempre! Em juízo, admitiu a relação sexual, consentida, e sem agressão
física. A mentira é injustificável, porém, no caso em tela, há forte indício de que seria somente
para encobrir a infidelidade. Este fato está provado, é infiel confesso, e não é crime.
Por qual motivo um homem não admite a traição? Resposta e explicação: “De acordo
com a psicóloga Aina VB, esse tipo de comportamento do companheiro pode acontecer por
medo das consequências que a descoberta de uma infidelidade traria ao relacionamento; por
culpa; por orgulho; para evitar conflitos ou até mesmo para preservar a própria imagem”.
E o crime sexual? Segundo sites de notícias, suposto agressor e suposta vítima,
definidos; quando e onde, estão definidos, no banheiro VIP da casa noturna, durante cerca de
14/15 minutos; os atos sexuais, contato a força da mão dela, no pênis dele, assim como sexo
oral e penetração vaginal; como ou de que maneira obteve a relação sexual, sem
consentimento dela, mediante força física.
Não há relato de grave ameaça, matar ou espancar, comum em caso típico de crime
sexual; assim como de vulnerabilidade por estar embriagada.
Somente a força física é possível a penetração vaginal, porém, o agressor deve ser bem
mais forte e conhecer técnica de imobilização de lutas marciais e posição adequada para o ato
sexual. A vítima tem que detalhar como foi e, porque não reagiu, perante uma psicóloga
especializada em violência doméstica e sexual.
O exame das roupas, numa abordagem a força, habitualmente, encontra-se rasgada,
esgarçada, com arrancamento de botões e outros adereços. Nada consta.
Ela teria dito que não entendia o que o suposto agressor falava, em português, pouco
provável, para quem morou por mais de 10 anos na Espanha.
A suposta vítima foi submetida a exame médico, e apresentava lesões compatíveis com
estupro. Se foi mediante força física, deveria apresentar escoriações ungueais (marcas de
unhas) e equimoses (manchas roxas, popular hematoma) em regiões específicas do corpo,
denominadas lesões de contenção. De tentativa de eliminação e agressão física
(espancamento) propriamente dita, não há relato.
O suposto agressor, antes do fato, estaria sendo “inconveniente” na abordagem com a
suposta vítima, duas amigas e outras mulheres. Imagens dos vídeos da casa noturna, podem
mostrar o tipo de interação dele com ela e outras mulheres.
A suposta vítima e suposto agressor estavam sentados na mesma mesa e dançaram,
sendo que várias vezes ele levou a mão dela até o pênis. Num determinado momento ele a
convidou para ir em outro local. Quando entrou, percebeu ser um banheiro. Contradição, o
“inconveniente” a convida para se afastar do grupo e ela vai?
A tatuagem íntima foi vista pela suposta vítima no suposto estupro, ou foi ele,
“inconveniente”, que disse na conversa a mesa que tinha?
A presença de esperma no banheiro, sem exame em DNA, não confirma que é dele. Ou
até mesmo deste fato, nada impede de ter se masturbado no banheiro.
A fantasia sexual pode parecer muito excitante e prazerosa, mas a realidade pode não
ser nada prazerosa para um ou ambos.
Na hipótese, não descartada, da jovem ter consentido o ato sexual no banheiro,
sentindo-se usada, porque em seguida ele vai embora, associado a falta de prazer, ou
arrependimento, pode gerar a raiva, choro, e afirmar que foi mediante força física?
Extravasado o desejo sexual, não prazeroso, associado a sentimentos de frustração e
culpa por ser casado, não raro, o homem vai embora, em seguida. Tal fato também pode
ocorrer com a mulher depois de um encontro casual?
A quebra do sigilo das redes sociais da suposta vítima e suas duas amigas, presentes
na casa noturna, é importante, porque pode auxiliar no esclarecimento do fato.
O sigilo judicial do caso foi quebrado por alguém, mas até o momento não houve
manifestação do juízo para investigar o responsável pelo vazamento do caso. Qual seria a
repercussão se fosse quebrado somente o sigilo dela?
O fato é que o sigilo quebrado causou grave repercussão sobre a vida dele, conjugal e
profissional, e se ao final for considerado inocente, o estrago já está feito.
As associações das casas noturnas da Catalunha e da Espanha, requereram exercer
acusação popular na causa porque pode afetar interesses coletivos. Talvez, inocentes,
somente agora descobriram que fazer sexo consentido nos banheiros é prática comum e eles
podem ser responsabilizados? Com a resposta, os causídicos…
Na fila da padaria escutei uma pessoa falando que este caso foi de uma garota de
programa que frequentava a casa noturna e ele não pagou… seria outra hipótese? Existe isso
numa casa noturna cara da Espanha? Não sei, sou idoso e da pacata Floripa e acredito que
não exista aqui!
Conforme exposto, não estou afirmando que Daniel Alves é inocente ou culpado, mas
existe dúvida técnica científica razoável para ser considerado culpado. Entretanto, foi imoral
com a esposa e sogra in memoriam. Vitorioso no futebol, mas cafajeste na vida conjugal?
E ela, se nada for provado? Seria, a suposta vítima, bonitinha, mas ordinária? O que
vale é a palavra da mulher para agilizar todos os procedimentos: médico, policial, pericial e
legal. Depois vem o conjunto das evidências e hipóteses, e em dúvida razoável, pró-
vítima/autora? Com a resposta, os causídicos…